25.04.2022
Há uns dias eu estava lendo em minha escrivaninha e meu gato, Tobias, se encontrava em cima dela cheirando os objetos e passando por cima de meu livro vez ou outra, como de costume. Estava animado, pupilas dilatadas, querendo brincar. Minha escrivaninha fica posicionada ao lado da porta e esta estava aberta. Foi quando Tobias notou algo no espaço vão da porta. Automaticamente recolheu a cauda e se sentou com todos os membros juntos ao corpo, sua postura ereta e seu focinho farejando o ar. Seus olhos, ainda dilatados, estavam atentos observando algo a mais ou menos 1 metro e 46 centímetros do chão (eu medi depois do ocorrido). Porém meus olhos não viam nada, nem mesmo um fragmento de poeira. Juro que, naquele momento, fiquei tão curiosa que agucei todos os meus sentidos, estava tão atenta quanto um cão farejador. Ainda assim não percebia nada, movimento algum, forma alguma, som algum, nem odor diferente.
Tobias, que até então estava sentado ao lado da porta, se moveu para o lado oposto da escrivaninha (para mais longe da porta), se sentou da mesma forma recolhida que se sentara antes, como um ser que se posiciona para proteger as partes importantes do corpo, uma posição límbica de desconforto, apreensão e proteção. Então seus olhos começaram a seguir esse “algo” como se este se movimentasse. Vez ou outra inclinava tronco e cabeça para frente e tentava olhar e farejar além do território do quarto, então voltava com a cabeça e tronco para trás e o olhar em direção a porta. Era como se essa “coisa” ficasse saindo e entrando do quarto, talvez para instigar a curiosidade do meu gato, ou para outra coisa, a qual não consigo formular na minha mente.
Levando em conta tudo isso, eu só poderia pensar em 3 possibilidades:
Tobias estava realmente vendo algo existente no nosso plano que eu não havia percebido;
Tobias estava vendo algo além do mundo físico, algo que meus olhos não poderiam enxergar por algum motivo;
Tobias estava imaginando algo para se distrair, assim como uma criança faz para brincar e passar o tempo.
Vejamos. A primeira possibilidade é quase impossível, pois eu estava realmente em estado Sherlock Holmes e nada passaria despercebido por mim naquele momento. Mesmo se fosse um mísero mosquito voando para fora e para dentro do quarto, não explicaria a posição de defesa do Tobias. Felinos assumem posição de caça ao notarem possíveis presas ou seres/objetos em constante movimento. visto isso, vou descartar, por hora, essa opção.
A segunda opção é válida visto os muitos relatos de que animais, principalmente gatos, podem ver o mundo espiritual.
Agora vamos para a terceira opção, a que me despertou uma curiosidade enorme. Seria possível meu gato fantasiar como um ser humano faz? Além deste relato acima, devo dizer que as vezes ele parece brincar e correr atrás de coisas que não estão realmente ali. Não só eu, mas meus pais já relataram esse comportamento. Estaria, Tobias, imaginando? Essa questão tomou conta de mim e agora eu preciso saber a resposta.
Eu e meu pai começamos a teorizar sobre. Depois eu mais Guilhermito começamos uma pesquisa importante que busca trazer a resposta (ou, no mínimo, uma boa teoria bem embasada) sobre a grande questão: Poderiam, os animais, imaginar e fantasiar como nós humanos?
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