12.12.2023
Estou aprendendo a enxergar a vida com serenidade e alegria, posso dizer que frequentemente sinto amor pela vida. Acredito que isso esteja interligado ao fato de não ter voltado ao Mundo Onírico. Como se, à medida que decifro os mistérios da vida real, não se faz mais necessária a descoberta dos enigmas do mundo dos sonhos. Não gosto disso! Quero poder me dedicar às minhas duas vidas. Por que não posso evoluir aqui e continuar desbravando a terra dos sonhos?
Mudando de assunto me parece que capelas antigas e vazias, em ambientes noturnos, realmente tem uma influência muito grande sobre o sentimento incômodo e as imagens mórbidas que me vêm à mente, aquelas que parecem memórias. Reli sobre as Catacumbas do Mundo Onírico e notei certa semelhança entre as imagens, o ambiente e as emoções ruins. Não sei se o sonho e a vida real estão ligados nesse quesito, mas existe uma similaridade que preciso levar em conta. Decidi que estarei atenta para fotografar os cenários e construções que venham a ativar, em mim, essa nostalgia sombria.
A vida é empática e maravilhosa! Não existe esse peso, implantado pelos religiosos, de que neste mundo não podemos ultrapassar uma quantidade específica de erros, pois a paciência do criador se esgotaria e nossas chances de redenção se acabariam! Por muito tempo acreditei nisso e pensei que, se eu cometesse o mesmo erro muitas vezes, acabaria morrendo. Literalmente morrendo, ou fadada ao inferno. Hoje isso soa cômico! Na verdade, venho reparando que os erros são uma forma diferente de benção, pois são eles que geram evolução e mudança. Eu, por exemplo, cometo alguns erros e logo aprendo com eles, porém outros erros se tornam mais persistentes pois envolvem assuntos que, para mim, são muito difíceis de lidar. Vi que não há problema em errar mais de uma vez, desde que eu olhe para dentro de mim e aprenda, mesmo que aos poucos, sobre minha natureza. Nem tudo se aprende num piscar de olhos, as vezes são necessários anos. Resumidamente, enquanto você estiver vivo nesse mundo que conhecemos, suas chances de evolução nunca se esgotarão! Independente do quanto você escorregue, do quanto você caia, a vida sempre será uma mãe paciente disposta a lhe ensinar seus segredos. E o mais incrível é que ela vai usar métodos de ensino que se encaixem unicamente a você. E não vai medir criatividade se precisar inovar esses métodos.
Em 2022 os ventos me deram um conselho muito bonito! Não o segui por completo. Hoje percebo que foi por medo. Mas então, há um mês atrás tive um pesadelo muito criativo! Esse me assustou de fato! Refleti sobre ele e entendi a mensagem. Era um novo ensinamento da vida, complementando o conselho dos ventos. Aquele pesadelo que foi capaz de estremecer minha alma, tanto em sono quanto acordada, também me encheu de entusiasmo e agora eu sinto que tenho o necessário para enfrentar meus medos. Já comecei a agir. Estou caminhando de vagar, porém isso não é mais um problema desde que os ventos me mostraram que esse é o meu ritmo natural. Não sou nem doida de lutar contra minha natureza de novo!
Estou com vontade de falar sobre o assunto “religião”. Sinceramente eu não gostaria de compartilhar minha visão sobre, não agora. Esse é um assunto muito cansativo e eu não me sinto espiritualmente madura para falar sobre, mas é um assunto que acontece dentro de mim, e aquilo que é interno eu externalizo na escrita. De forma bem franca e resumida, estou desconstruindo tudo que me foi implantado pelo cristianismo. Hoje percebo que o mundo possui muitas dimensões. Quero dizer que uma única coisa pode ser percebida, sentida e interpretada de diversas maneiras diferentes e isso não a torna ruim ou boa, certa ou errada. O mundo que nós humanos vemos, é o mundo que foi construído dentro de nossas mentes, ou seja, o meu mundo é totalmente diferente do mundo das pessoas em minha volta. Nesse caso, o mundo é o que é e cada um de nós o experimenta de uma forma.
Tenho adquirido muita curiosidade sobre as outras religiões existentes nesse planeta. A um tempo atrás eu me repreenderia por isso, mas hoje não! Busco conhecimento sobre e venho percebendo pontos negativos e positivos em todas elas. Então despertou-me o fato de que essa dualidade apenas existe, pois todas as religiões são seguidas e geridas por seres humanos. Independente do mundo espiritual, quem faz uma religião, quem pratica é o próprio homem e obviamente ele vai usá-la de acordo com seus desejos internos e suas ações serão tomadas de acordo com seu caráter. Então me abri para a possibilidade de acatar e aprender tudo que eu considerar bonito, tudo aquilo que venha a germinar o amor, a empatia, a leveza, a liberdade e o conhecimento. Não posso mais me dar um título religioso. Não quero me considerar pertencente a uma religião. De agora em diante sou livre para acatar o que eu considerar benéfico. Tudo que vier a me oferecer evolução será bem-vindo!
Eu poderia fechar o escrito de hoje com essa frase de efeito, o que seria lindo! Mas preciso destacar os benefícios que venho observando ao olhar o mundo com uma visão mais natural e racional.
Céu e inferno não fazem mais sentido. Existindo ou não, seria imprudente e odioso com minha pessoa abdicar da possibilidade de uma vida bonita e alegre nessa terra para me dedicar completamente a um cenário espiritual. Aliás, o único mundo de que temos certeza é deste, os outros são mera especulação. Gosto da possibilidade de existir um local de descanso e alegria eterna, mas não troco minha vida aqui por esse lugar utópico e incerto. Enquanto a inferno... Sinceramente o considero uma histeria social! Se Deus for pelo menos 10% do que eu acredito que ele seja, então não faz o menor sentido existir inferno. Resumidamente, vivo sem medos agora. Percebo que é possível ser livre e feliz!
O conceito de pecado ainda é abstrato para mim, mas acreditar em pecado destruiria os ensinamentos que a vida tem me presenteado. Destruiria o conceito de erros como bençãos evolutivas. Quando falamos de atitudes extremas como matar, trair e agir de forma a desfavorecer pessoas e seres, estamos falando de falta de caráter e de saúde mental. Se tirarmos o conceito de pecado, uma sociedade ainda poderia ser bem estabelecida e desenvolvida se tiver como base as virtudes que nos proporcionam amor e auto evolução.
Desde que parei de enxergar as ações humanas com o julgamento de pecado, passei a encará-las analisando todo o contexto externo e interno da pessoa que, em teoria, pecou. Isso tira o peso do pecado, te torna alguém consciente e empático. Também comecei a enxergar os erros e as situações ruins da vida como oportunidades de evolução pessoal. Essa mudança de perspectiva fez toda a diferença na minha vida.
Resumindo, tudo aquilo que é benéfico, liberta e não proporciona medo. O medo, além de seu objetivo instintivo de autopreservação, é também a ferramenta mais eficaz de adquirir poder sobre os outros. Tudo que gera medo deve ser questionado.
Imagem: Pinterest
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